terça-feira, 24 de julho de 2012

A dimensão emocional do Pós Parto




A dimensão emocional do pós-parto- Releituras sobre mim

Muito se diz a respeito da gestação, encontramos cursos de gestantes em diversas clínicas e hospitais espalhados pela cidade. No entanto, somente alguns momentos dentro do curso são dedicados ao pós-parto. Fala-se sobre o recém-nascido e os primeiros cuidados, no entanto raramente é abordado o aspecto psicológico do pós-parto. A dimensão emocional. A necessidade de amparo que a recém-mãe demanda. Não só fisicamente, com a nova rotina, a falta de sono, mas também o amparo com suas angústias, incertezas, medos e ansiedades. 
O momento do puerpério pode ser uma grande oportunidade para esta mulher mergulhar dentro de si e dar um salto quântico de consciência. Crescer enquanto mulher, se encararmos este momento como um poderoso rito de passagem. Uma chance sem precedente, de crescimento. O parto é em si um momento intenso e forte, capaz de mexer com forças internas até então latentes. Faz vir à tona medos e ao mesmo tempo coragem.  Um evento que coloca a prova toda a vontade, capacidade de se entregar ao momento e a maternidade com a essência renascida numa nova condição especial que surge para ficar.
Trato aqui brevemente desta dimensão emocional no período do puerpério.

Expectativas X Realidade

Passar pela experiência de tornar-se mãe traz para a realidade aquilo que era somente imaginário e muitas vezes ilusório. Confrontamos decepções por termos criados falsas expectativas. São imagens que nos são bombardeadas pela mídia e sociedade, aquilo que também passamos a vida fantasiando a respeito das maravilhas de se ter um bebê no colo!
Quando vi pela primeira vez o teste de gravidez positivo, a primeira imagem que me veio à mente foi a de um “bebê Johnson”, todo gordinho, de uma família unida e feliz em volta da mesa, tomando um café da manha gostoso e todos com cara de descansados e felizes,  filhos materializando aquilo que um dia sonhamos como ”a família feliz”.
Passamos a gravidez num estado romântico, olhando roupinhas e bichinhos de pelúcia, pensamos naquele bebe feliz, brincando com seus brinquedinhos. Todos os seres do mundo falam parabéns como se fosse algo impagavelmente realizador, um sucesso alcançado. No entanto, creio que é necessário desfantasiar um pouco este cenário, a gravidez já não é somente aquela barriga bonita do book. Tem enjoo, tem desconforto intestinal, tem aversão a cheiros, tem redução de libido, tem choradeiras descabidas e cabidas, tem inchaço e peso. Durante o parto, as dores às vezes não são tão suportáveis, o parto pode não acontecer, o doutor comenta algo que não deveria. Os procedimentos são discutíveis e quem sabe invasivos. O parto nunca é exatamente como no plano. E o pós-parto pode se tornar um buraco, que nunca ninguém avisou que existia. Como ir ao banheiro fazer número dois com o períneo cheio de pontos? Como lidar com cicatriz dolorida no abdome e exatamente ao mesmo tempo trocar fraldas de mecônio noite adentro? Por que o bebê pede colo dia e noite? Por que meu bico rachou? Como lidar com sentimentos conflituosos e contraditórios entre a realização do sonho da maternidade e a melancolia da fase da adaptação?
Escutamos diversos conselhos, mas não é possível entender de fato do que se tratam, até passarmos pela vivência. Eu acreditava em: vou parir, virar mãe e pronto. A vida segue.
Mas entre o parir e a vida seguir, existe um longo caminho!



Transformações com “T” maiúsculo


Comigo foi mais ou menos assim, todo o mundo me falava a respeito das transformações que a maternidade traria. Eu me julgava preparada para mudar, preparada para transformar.  Talvez fosse presunção demais.  Eu me sentia preparada para encarar uma nova fase da vida, um novo projeto. Meu perfil nunca foi de ter medo de encarar as novidades. Mal sabia eu que não seria uma simples mudança. Algo bem mais forte e ao mesmo tempo sutil. Algo intenso, que trouxe a tona distintas sensações.  Dias em que não vim ao mundo a passeio. Sim, existem mulheres que conseguem terceirizar e delegar a ponto de viver um pós-parto a passeio. Este texto não diz respeito a todos os tipos de maternagens. No entanto para outras recém-mães, como foi para mim, me vendo pela primeira vez com uma cria nos braços, um ser que depende única e exclusivamente de moi, do meu corpo, peito, leite e calor. Bate o sentido da responsabilidade total, mas bate muito mais, bate toda uma vida, lembranças, bagagens, às vezes traumas, sentidos existenciais!
Creio que eu não estava preparada para toda esta avalanche de sensações distintas. Não estava preparada para ser de fato uma outra pessoa. Com outros conceitos, outras metas, outros valores, outras prioridades. Desapegar-me momentaneamente de mim mesma. Ser tão humilde e deixar- me guiar por outra pessoa, que não eu mesma: uma pessoinha bem pequena (só em tamanho físico!). Embarcar de corpo e alma neste trem sem saber ao certo onde irá parar.
Pode soar como exagero, mas este é o ponto de vista de quem mergulhou nos sentidos, nas sensações e sentimentos. Para mim, repito, tornar- me mãe, foi e continua sendo algo intenso.
Algo que me lembro de ter ocorrido foi que, tive a sensação no meu primeiro pós-parto de que fui traída, ninguém tinha falado “a real”. Pensei sinceramente que se as pessoas falassem, poderiam colocar em risco a espécie humana. Mulheres não iriam querer nunca ter seus filhos! Eu sentia mesmo que parto era difícil, mas o pós, ah, o pós era muito pior!
Até que veio minha segunda filha, meu segundo pós-parto e tudo foi bem diferente. Com desafios e transformações, sim. Mas de outra maneira, mais leve e assistida, eu diria.



Alterações hormonais e a avalanche de emoções

Estudos e pesquisas recentes estão aprofundando no tema da depressão pós-parto e baby blues (estado de melancolia que acontece com cerca de 80% das mulheres), acredita-se que no quarto ou quinto dia depois do parto, há uma brusca queda hormonal (estrogênio e progesterona), esta oscilação leva a alguns sintomas como choro fácil, oscilações de humor, irritabilidade e comportamento hostil para com familiares e acompanhantes, preocupação excessiva com o bebê ou ainda vontade de deixá-lo de negligenciá-lo.
Muitas mulheres passam por este estado de melancolia, sem nem saber que isso é natural e acontece devido ao próprio funcionamento do corpo.  Se os sintomas continuarem ao longo das próximas semanas, aconselha-se buscar uma ajuda mais especializada, pois pode se tornar uma depressão pós-parto.
Algo essencial é que, a própria mulher, familiares e companheiro, não achem que estes sentimentos não passam de frescura. Pois juntamente com estas variações hormonais vem a avalanche de emoções. Importante que a mulher tenha a quem se expressar. Tenha boca para falar e ouvidos que a escutem com amor.
O trabalho de terapia pode ser uma alternativa. Grupos de apoio presencial ou redes virtuais também tem grande poder de auxilio.
 Pós-parto é um momento de sacudir a vida. Levantar a poeira, muitos conteúdos vêm à superfície. E aos poucos podemos colocar as coisas em seu lugar. Eu confesso que estou tentando até hoje!
Faz parte:
- Processar o parto, como foi, as expectativas e frustrações. O que sentiram mãe e pai.
- Mudança dos olhares em cima das relações: mãe- bebê, mãe- pai do filho, mulher-marido, mulher-ela mesma.
- Mudanças no corpo e na imagem
- Auto-cobrança com os cuidados com o bebê, busca por ser uma boa mãe.
- Novos parâmetros para vida conjugal e sexualidade
- Grandes alterações na vida social, amizades, hobbies, prazeres, carreira, tempo para si.
- Administração da educação e estilo de maternagem, conciliando com “dicas não solicitadas” alheias, principalmente da família de origem e da família do pai do bebê.
Sacudindo poeiras existenciais, renascemos enfim, mulheres mais fortes e conscientes.
Somente o tornar-se mãe nos prepara diariamente para isto. Não é um curso onde se aprende e ponto. É abraçar e aceitar aprender todos os dias seguintes ao nascimento.
O que posso concluir sobre a temática, é que sou uma mulher totalmente diferente depois do nascimento das minhas filhas. O processo de autoconhecimento, embora tenha se iniciado quando era adolescente, se intensificou triplamente com a maternidade! Feliz fui por encontrar espaços para conseguir digerir e aproveitar este fluxo maravilhoso que me foi proporcionado com a chegada das filhas!



Amenizando impactos
Como experiência, digo que o amparo emocional no período puerperal é fundamental. Ser amparada e acolhida, e não pensar e auto exigir que se dê conta de tudo isso e mais um pouco. Sabemos no fundo que podemos dar conta, e damos, se assim for necessário, mas podemos também pedir ajuda. A mulher precisa sim, sem pensarmos que é frescura ou capricho, de muito amor, carinho, atenção, nutrição. Nutrição em todos os aspectos. Nutrição de calor, de conversas, de ouvidos, de alimentos ricos em ferro e vitaminas, de vitamina D através da luz solar. Ter um tempo para si. Um tempo para caminhar só ao sol. Um tempo para sentir prazer. Um tempo para ter uma conversa adulta. E tempo para dormir. Descansar.
Grupos de apoio podem servir de alento, além de úteis para a troca, onde tudo é novo para a nova mãe. Desde um bebê que passa seis dias sem fazer cocô até como colocá-lo amarrado num wrap nas costas e passear feliz pela pracinha!
E o principal, saber que sentir toda essa avalanche emocional é perfeitamente natural, do ser feminino em transformação. Da nova mãe que deixa de ser filha e se transforma em mãe.



Saindo do Trágico
Para não ficar somente em cima do trágico do evento, digo que este caminho não precisa ser de pedras, caminho esse que pode ser bem prazeroso de fato. Tratemos primeiro de diminuir as expectativas, o bebe pode não ser daqueles calminhos que dormem a noite toda, e mesmo assim, tudo bem, afinal ele não vai ficar assim para sempre. Isso é garantido.  A amamentação pode não ser tão flúida como esperamos. Pode ter ingurgitamento, inflamação, fissura, porém, vamos combinar que tudo bem, tudo isso pode acontecer e “sobreviverei”, afinal existem grupos de apoio e bancos de leite.
Ao diminuir as expectativas e lidar com a realidade crua, tudo fica mais leve, a mãe perfeita não existe, tampouco o filho ideal, muito menos o parceiro 100 %. Assim não nos fechamos em uma realidade ideal imaginada. E sim uma realidade em que temos que improvisar a todo instante e aceitá-la, aceitá-la despida, assim como se apresenta a nós sem máscaras e sem disfarces. Assim a maternagem flui e fica mais leve. E o prazer vem. Então experienciamos todas aquelas cenas inusitadamente maravilhosas, aquelas de propaganda de margarina que falei há pouco, o sorriso daquele bebê sem sombra de dúvidas é a coisa mais linda de todo o mundo. É uma alegria e satisfação interna tão imensa, a satisfação da vida, que não se iguala a nada antes da maternidade. É diferente, tem gosto especial, tem gosto de “fui eu que fiz” e a cada passo, palavra e conquista, a sensação de plenitude é tão enorme, que não cabe em si, simplesmente extrapola. Extrapola toda e qualquer noite mal dormida, extrapola todas as noites mal dormidas e neste exato momento penso: é isso o que vim fazer nesta existência!




Fabiana Higa, é mãe da Luana e Nina, doula, educadora perinatal e musicista. Idealizadora do Espaço Bem Gestar, de apoio a Humanização do Nascimento e Maternidade Consciente.
Blog: bem-gestar.blogspot.com

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Video sobre a Marcha do Parto em Casa

Mesmo em cidades com poucos representantes, a Marcha aconteceu em todo território nacional e ISSO foi emocionante! Ver a humanização acontecendo, ver mulheres ganhando em reconhecimento de seus direitos. Gritando em voz alta pelo direito de escolha...simples assim: LIBERDADE de ESCOLHER...somente isso o que queremos e o que nos faz feliz. Cansadas de ouvir histórias de abuso, desrespeito e violencia. Cansadas de presenciar, enquanto profissionais da área, cenas de violència obstetrica explicitas em maternidades. A humanização não é só possível e palpável. Ela é! O caminho a percorrer ainda é longo, mas estamos todas juntas!


http://www.youtube.com/watch?v=W5c-TA_bvMI&feature=youtu.be


Link para o video feito por Ric Jones, obstetra humanista, autor dos livros: "Memórias do Homem de Vidro" e "Entre as Orelhas"

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que liga mãe e filho


Corte precoce do Cordão Umbilical: para que a pressa?


Cortar o cordão umbilical é uma prática comum nos hospitais ao redor do mundo. Como se alguma coisa fosse acontecer se o bebê não fosse separado imediatamente de sua mãe e de sua fonte de oxigênio, sangue e nutrientes. Ou é uma pressa do profissional de acabar logo e passar para o próximo?
É uma prática enraizada na nossa cultura por milênios, e é reconhecia por Michel Odent como sendo mais uma  “desculpa” para a separação imediata entre mãe e bebê. Como no passado se acreditava  que o colostro (o primeiro leite) era prejudicial para o bebê.
Muitos estudos científicos têm comprovado os benefícios do corte tardio do cordão umbilical. Mas se pararmos para observar o lado do bebê e até outros mamíferos, fica fácil de entender.
O cordão umbilical sai do umbigo do bebê e se liga na placenta. A placenta por sua vez, está ligada a parte interna do útero materno. Durante toda sua vida o bebê recebeu oxigênio, sangue e nutrientes filtrados pela placenta. Envolto pela bolsa d’água, ele estava protegido, aquecido e confortavelmente apertado.
O parto é uma transição muito importante tanto para a mãe quanto para o bebê. O bebê passa pelo canal vaginal, o que estimula a saída de líquido pelas vias aéreas e também é importante para imunidade do bebê. Quando ele sai seus pulmões se expandem e a temperatura muda, estimulando a respiração.  Mas o cordão umbilical ainda está ligado no bebê como esteve durante 9 meses! E ainda continua pulsando, enviando oxigênio, sangue e nutrientes.
Dessa forma o bebê ainda recebe oxigênio do cordão umbilical e tem a chance de aprender  a respirar sem um corte abrupto dessa fonte. O cordão pode pulsar por vários minutos, soube de um cordão que pulsou por 40 minutos ! Ele pára de pulsar naturalmente e passa de um cordão grosso e cheio de vida para fino e branco. Eu já vi bebês muito saudáveis só resmungarem, dar um chorinho, mas logo pararem… mas na minha prática com parto domiciliar só cortávamos o cordão depois de a placenta sair. Observe a foto do cordão umbilical ao longo de 15 minutos.
Se o corte é feito logo que o bebê sai, claro que ele vai dar aquele choro forte na hora, pois ele é obrigado a expandir os pulmões se não ele fica sem oxigênio! Além de também ficar sem o aporte sanguíneo que ele naturalmente deveria receber, que fica preso na placenta. Um desperdício! O bebê ganha cerca de 100 ml a mais de sangue pelo cordão umbilical até o terceiro minuto de vida, o que é um volume considerável para um bebê. E esse aporte sanguíneo previne anemia no primeiro ano de vida. Há evidências suficientes para que aconteça a mudança na prática. Uma das recomendações da Organização Mundial de Saúde é o corte tardio do cordão umbilical.
Entre os outros mamíferos o corte do cordão umbilical é realizado depois da placenta ter nascido ou até mesmo horas após o parto. Pois se eles cortassem antes o filhotinho provavelmente teria uma hemorragia, pois eles não têm clamp para clampear o cordão umbilical e prevenir que saia sangue pelo coto umbilical. Então a natureza mostra que essa prática não é natural… não sei em que momento na história decidiram que cortar o cordão umbilical logo que o bebê nasce é benéfico. Mesmo o tétano neonatal poderia ser na sua grande maioria prevenido se o cordão umbilical fosse cortado algumas horas após o parto.
O cordão umbilical  também tem o tamanho perfeito para o bebê ir direto para o colo da sua mãe, sem que seja cortado. E é ali que o bebê precisa estar. Do lado de fora de onde ele estava, na barriga da sua mãe. Para a mãe também é um presente ter seu tão esperado bebê em seus braços, trocar cheiro e olhares.É um momento fundamental para o vínculo entre mãe e bebê. A amamentação geralmente inicia nessa hora.  É também confortante, pois o bebê estava dentro da sua barriga, então não dá aquela sensação de “vazio”. Também estimula a liberação de ocitocina materna e faz um peso no útero, evitando hemorragia e estimulando a saída da placenta.
Então, para que a pressa? A pressa é inimiga da perfeição! É tão simples, não requer mais habilidades, equipamentos ou investimento.  Mas requer uma coisa: Paciência do profissional.  Apenas esperar alguns minutos traz tantos benefícios!
A natureza é muito Sábia.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Iniciando Nova Sessão- Relatos de Parto

Ontei me emocionei ao conhecer a história desta linda família!

Larissa, uma mulher guerreira, lutou pelo seu VBA3C! Parto Vaginal depois de 3 cesáreas!

Segue relato escrito pela visão do marido, pai do bebê!
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 Esse relato foi escrito pelo Rafael poucos dias depois do nascimento do Francisco****

Relatar a experiência sublime do nascimento de um filho é uma tarefa no mínimo desafiadora.  Para que seja possível expressar parte do que senti é necessário voltar alguns anos no tempo, e aí vai:
Desde muito cedo, 12 ou 13 anos, casar, ter minha casa, carro e muitos filhos. Tendo esse objetivo em mente sempre me preocupei em reconhecer o memento certo e a pessoa certa com a qual realizaria meus sonhos familiares.  Aos 21 anos conhecia a Larissa. Por incrível que pareça, foi fácil reconhecer naquela moça a mulher da minha vida. Não me pergunte como, eu só sabia.  Aqui começa a história dos “meus partos”. Começa antes mesmo de nos casarmos.  Luiza (12) na época tinha 4 anos, linda, esperta e muito carinhosa, me surpreendeu quando em uma das vezes que saímos, perguntou se poderia me chamar de pai.  Lembro da alegria que senti e do amor que explodiu no meu coração naquele momento, um amor incondicional, sem espaço para mantê-lo dentro de mim.  Abracei a Lu e disse que sim.  Era tudo o que eu queria ouvir.  Um “parto do coração”, meu primeiro, lindo e emocionante.
Nos casamos e poucos meses depois estávamos grávidos.  Nem tudo são flores na vida de casado.  Foi uma gravidez difícil entre as mudanças de humor e não saber o que esperar no próximo minuto.  Mais uma vez se sobressaiu o amor que temos um pelo outro.  Embora houvesse o esboço de uma idéia de parto normal, lembro do comentário que sempre fazíamos: “Prato normal!  Normal mesmo é fazer cesárea, ter um filho sem ter que sentir toda aquela dor, por tantas horas!”. Realmente o parto do Henrique (6) foi um parto rápido e lindo.  Dra Gisele foi quem o trouxe ao mundo, tive o privilégio de assistir, meu coração mais uma vez encheu-se de amor.  Olhei para o Henrique e para a Larissa e agradeci a Deus pela família que estávamos aos poucos formando, cheia de amor e carinho.  Foi lindo, meu segundo parto, cesárea.
Depois de 4 anos, indo contra muitas pessoas, decidimos engravidar e assim foi. Uma gravidez bem mais fácil quanto ao que esperar, as mudanças repentinas de humor foram melhor compreendidas, mas os desconfortos físicos, dores e até paralisia facial foram desafios superados juntos.  Aquela idéia de parto normal deixou de ser somente uma idéia.  Vi minha esposa procurar informações, estudar e compreender os benefícios de um parto natural.  E ela entendeu direitinho!  Não lembro exatamente quando ela me contou sua idéia de um parto normal domiciliar. Lembro bem do quê pensei: parto normal?  Em casa?  Parteira?  Doula?  Ai, ai, ai...  Que medo eu tive!
Não foi muito difícil me convencer da idéia.  Difícil foi engolir o custo de tudo isso. Embora tivéssemos convênio, nenhum médico de convênio faria um parto normal depois de duas cesáreas, muito menos em casa.  Foram meses frustrantes, procuramos uma parteira.  Embora o custo dela não fosse tão alto, não tínhamos um centavo.  Embora pudéssemos pagar em parcelas “suavemente”, não tínhamos tido coragem de propor uma forma de pagamento.  Vi o entusiasmo dela se apagar e levar junto o meu.  Embora tivesse sido um momento frustrante, estávamos felizes.  Dr. Osmar foi quem trouxe nosso Pietro (2) ao mundo.  Mais uma vez assisti o parto, mais uma vez foi rápido, muito rápido, porém dessa vez pude cortar o cordão.  Foi uma experiência muito legal.  O Pietro era lindo e estava bem. Nossa família crescendo e feliz!  Foi assim meu 3º parto, cesárea, eu cortei o cordão.
Mais um ano e meio se passou e antes da  concepção de nosso próximo filho, concebemos a convicção de que seria um parto normal.  Deixou de ser uma idéia, um desejo, um plano.  Passou a ser “O Plano”.  Vi a Lá buscar por alguém que tivesse disposição de entrar no barco conosco, e por incrível que pareça foi um desafio encontrar alguém (mesmo entre os adeptos à idéia) que topasse, depois de três cesáreas fazer um parto normal, agora já não precisava ser necessariamente domiciliar.  Aliás, depois dos riscos que disseram que correríamos, era melhor um parto normal hospitalar.  Ainda assim, encontrar alguém disposto a fazê-lo, não foi fácil.  Com 17 semanas a busca começou.  Depois de várias situações, conversas frustrantes e desencorajamento, ao contrário do que esperávamos, às 36 semanas não havia nada decidido.  Nossa situação financeira não era tão diferente de 2 anos atrás quando tivemos o Pietro.  As pessoas das quais esperávamos apoio, haviam pulado do barco antes mesmo de subir nele, talvez tenham achado a capitã muito frágil, talvez a convicção do marinheiro e a confiança em sua capitã não tenham sido o bastante.  Ou mesmo a idéia de entrar num barco com uma tempestade anunciada tenha sido assustador.  “e se algo ruim acontecer?”, “e se o seu bebê morrer, mãe, o que a senhora vai fazer?”.  Tantos E SEs, foram dias de tempestade antes de nos lançarmos ao mar, uma viagem obrigatória, não havia outra alternativa.  Foi quando vi minha moça decidir que teria um parto normal no Hospital Geral P, isso mesmo, um hospital público, contando como um amigo falou “uma mentirinha que Deus perdoa”.  Iríamos para o hospital quando as contrações estivessem uniformes, 14 por hora, e diríamos que era nosso 4º filho.  O histórico dos partos seria de 2 normais e o último cesárea.  Decisão  tomada, coração um pouco menos apertado, um pouco menos aflito e muito mais confiante, embora ainda temeroso.
Trinta e nove semanas e 4 dias, estava no trabalho quando a Lá me ligou dando risada: “a bolsa estourou!”.  Os risos foram por que aconteceu quando o técnico da máquina de lavar estava em casa.  Imagino a Lá tentando disfarçar enquanto procurava uma brecha para verificar se estava tudo bem e se limpar.  Sabia que nossa viagem havia começado.  Estávamos sozinhos na jornada.  Não fiquei nervoso, aos olhos dos outros estava até calmo demais.  Quando cheguei em casa tudo estava bem.  As contrações estavam ficando mais próximas, as crianças bagunçando como sempre, jantamos pizza, pusemos os menores para dormir.  As contrações já estavam mais fortes, estava na hora de irmos para o hospital.   A Lá foi no banco de trás gritando com o rosto enfiado na cadeirinha do Pietro a cada contração.  Brigando para que eu dirigisse mais devagar, embora estivesse a 30km/h em ruas livres em que poderia andar a 60km/h.  Chegamos ao hospital, um rápido ping-pong  de uma para outra portaria, em pouco tempo estávamos em frente ao consultório ginecológico.  A cada contração uma rápida sessão de massagem no coxci.  Quando entramos na sala e a médica examinou a Lá descobrimos que ela estava com apenas um centímetro de dilatação.  Percebemos que seria um trabalho de parto longo.  A Lá ficou surpresa e sua primeira frase foi “Não acredito!  Tanta dor por tão pouco.”.  Pensei “A noite vai ser longa”.  A Lá foi encaminhada para uma sala onde a colocaram no soro sem ocitocina, como ela pediu.  Foi o único momento em que pediram que eu ficasse fora da sala.  Foi muito difícil.  Sabia que ela estava com dor e queria estar perto, mesmo que não pudesse fazer nada além de estender a mão cada vez que as contrações viessem (como a Lá disse, “aquelas das boas”).  Nesse momento percebi que não havíamos entrado no barco sozinhos.  Estávamos na tempestade, mas não à deriva.  Nosso Pai Celestial estava conosco e estava mandando seus anjos para nos orientar e ajudar.  Enquanto estava lá fora, aflito por não estar perto da Lá, uma enfermeira se aproximou e disse que eu deveria entra e ficar perto da minha esposa.  As enfermeiras haviam me dito para esperar do lado de fora, ela porém disse que eu deveria entrar e que falaria com as outras.  Fui ficar com a Lá e pude novamente estender a mão e acariciar seu rosto.  Chegamos ao hospital pouco antes das 22 horas.  Uma hora e meia depois a bolsa de soro estava vazia e fomos encaminhados para a sala de cardiotoco, onde conhecemos mais um anjo do Senhor, a Bel.  Acho que esse foi o momento mais difícil para nós dois. Estávamos sozinhos na sala que era bem pequena, a cada contração a Lá gritava cada vez mais alto, sei que estava doendo tanto que ela falou várias vezes em desistir, em fazer uma cesárea, pediu várias vezes que eu chamasse a enfermeira, a médica, queria e queria acabar com o sofrimento.  Lembro de incentivá-la a se manter firme, que tudo estava correndo bem.  Tentava lembrá-la de respirar fundo e prestar atenção aos movimentos de nosso bebê.  Orei pedindo que o Senhor amenizasse sua dor e nos desse forças para ir em frente.  Terminado o exame voltamos para o consultório e a médica nos informou depois de examinar a Lá que a dilatação estava em 3 cm.  Mais uma vez a Lá se desesperou.  Mais uma vez “tanto por tão pouco”.  Mais uma vez eu procurei ajudá-la com palavras repletas de esperança, “tudo vai dar certo”.  Mais uma vez o pedido de cesárea e mais uma vez a médica num ato de firmeza e ao mesmo tempo apoio, disse que ninguém faria cesárea nela.  Lembrou-a que já tinha tido 2 partos normais e perguntou se ela tinha esquecido.Nos entreolhamos e sorrimos afinal “já tínhamos tido dois partos normais”.  Me dei conta de que não havia mais volta, nessa viagem não havia como retroceder.  Orei novamente para que tivéssemos forças.  Ouvi a Bel conversando com a médica que disse ser hora de transferir a Lá para outro hospital, pois não havia leito disponível.  Mais uma vez, por seu anjo o Senhor mostrou estar do nosso lado.  A Bel recusou-se em fazer a transferência, disse que eles tinham leito sim, que a dilatação da Lá estava evoluindo muito bem e que a levaria para o Centro de Parto.  A médica concordou desde que a Bel assumisse a responsabilidade e assim foi.  Enquanto a levava, a Bel pediu que eu fosse buscar a etiqueta de acompanhante e então subisse para ficar ao lado da Lá.  Eu até acreditei que seria fácil assim.  Quando cheguei no balcão e informei o que queria soube que teria que esperar até que fosse feita a internação no Centro de Parto para depois preencher os papéis necessários e então ser liberado para subir. Embora não estivesse confortável com a situação, decidi esperar pacientemente. Mais uma vez orei por paciência, orei para que a Lá estivesse bem, para que o Senhor a confortasse.  Senti que o Senhor estava próximo de nós quando vi a Bel e ela perguntou o que eu estava fazendo lá ainda.  Contei o que havia acontecido e ela rapidamente providenciou a etiqueta de acompanhante dizendo que minha esposa precisava da minha companhia, que eu devia subir e ficar ao seu lado. Agradeci ao Senhor pelas respostas rápidas às minhas preces.  Quando cheguei ao quarto ela estava na cama.  Aprecei-me para ficar ao seu lado.  As contrações estavam cada vez mais fortes.  Ela apertava minha mão e eu a dela tentando dar apoio.  Por muitas vezes sorrimos e entre os sorrisos uma piadinha ou outra.  Seu corpo estava trabalhando atendendo aos seus pedidos de que nosso bebê nascesse logo.  Ela gritou que queria cesárea, gritou que estava ardendo, disse estar cansada, pediu que chamasse alguém, que as dores e a ardência passasse, pediu que o Senhor estivesse ao seu lado, que não a deixasse e em todos esses momentos pedi que o Senhor estivesse conosco, que tudo corresse bem, que o Senhor os deixasse viver, que os “E SEs” não acontecessem.
Pensei várias vezes que tudo que estava acontecendo, fomos nós quem quisemos e me perguntei se tudo acabaria bem.  Seria muita felicidade se tudo desse certo, se tudo corresse bem.  Será que merecíamos tanta felicidade?  Orei para que esse sentimento passasse e para que tudo ficasse bem.  Prometi que se o Senhor ficasse do nosso lado eu estaria do lado Dele para sempre.  Me segurei para não chorar tentando passar uma imagem forte e confiante.  Por muitas vezes senti o Senhor nos consolar, um sentimento de paz, as palavras da mãe da garota que estava em trabalho de parto do nosso lado “depois que você tiver seu bebê toda dor vai passar, nasceu acabou”.  Entre uma contração e outra, agora mais próximas, olhava para minha moça, aquela pela qual me apaixonei há 8 anos, tornando-se mulher, mãe, de uma forma diferente do que havia visto, uma força de vontade incrível.  A convicção do que queria confiante.  Minha admiração chegou em um ponto que nunca achei ser possível, meu amor e compreensão do milagre da vida. Pedi a Deus que tudo corresse bem e nos deixasse compartilhar a vida juntos. Outras contrações vieram.  Procurei estar ao seu lado da forma que pude. 
Dos 6 cm de dilatação aos 10 tudo foi tão rápido quanto intenso.  Numa das contrações chamei a enfermeira Karla que veio logo e nos disse que se a Lá fizesse força na próxima contração ela faria o parto.  Foi um momento de muita emoção, nosso bebê estava perto.  A contração veio e eu a vi fazendo força como nunca havia visto.  Era nosso bebê, que embora estivesse trabalhando e fazendo sua parte para nascer, precisava muito de ajuda para nascer.  A cada força eu, por pura empatia, fazia força junto, procurava incentivá-la com palavras de apoio e lembrá-la de respirar.  O cansaço era nítido entre as contrações, mas quando a enfermeira me chamou e mostrou o topo da cabeça do nosso bebê a emoção tomou conta de mim.  Lembro de dizer que faltava muito pouco, que ele precisava de mais uma força.  A Lá disse que não ia conseguir, porém mais uma vez eu tentei incentivar “Força!  Tá acabando, só mais uma, ele precisa da sua ajuda”, e junto com ela, juntos até o fim, fizemos a ultima força, a derradeira.  Assim que saiu a cabeça, a Karla puxou-o e aí sim, nasceu nosso Francisco.  Lindo!  A emoção que senti não tem explicação.  Olhei para minha mulher aliviada, cansada, feliz e agradeci à Deus por ela ter conseguido, sua persistência, vontade, força e amor. Os primeiros cuidados foram dados ao Francisco e logo ele veio ficar ao nosso lado.  Ele é lindo, tudo foi lindo.  Agradeço à Deus por tudo ter dado certo.Assim foi NOSSO quarto parto, Francisco, parto normal, Larissa foi quem o trouxe ao mundo.  A realização de um sonho mostrando que tudo é possível àquele que crê, tudo é possível em quem nos fortalece.
Lá, eu te amo.  Obrigado por me deixar fazer parte da sua vida, vê-la junco com o Francisco e Nosso Pai Celestial operarem o milagre da vida, o nosso pequeno milagre.  Te admiro por tudo o que você é e por me deixar ser ao seu lado o pai de nossos filhos, cada um tão especial quanto o outro, amados e queridos para esta vida e para toda a eternidade.


Rafa

Conhecer nossos direitos!


Num momento tão sensível, crucial, intenso como o TP e Parto ( e também pós parto) o acompanahnte é essencial para a parturiente! Ter um apoio emocional neste momento é um direito civil e HUMANO!
Já presenciei e ouvi relatos de mulheres que se sentiram " traumatizadas"...sim, com esssas palavras, por terem sido deixadas SÓ por horas a fio sentindo contrações fortes!
Contem suas histórias!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Renião Extra Oficial Bem Gestar....para abraçar, agradecer e despedir...

Muitos bebês fofos, vários relatos, fortes abraços e imensa gratidão! 
 
 
Roda de histórias de Nascimento!














Thiago, pai que veio representando a família. Márcia ficou em São Cristóvão, pois Inahú está com apenas 10 dias!!!
 Lanchinho! Hummm!



 Fabiana com Lorena no colo e Montserrat com Elói, de 20 dias!


Daniela com Pedro de 4 meses e Fabiana com Nina de 18 meses!

Em qualquer lugar por onde eu andar, vou lembrar...

Há pouco mais de um ano aterrizamos sobre terras sergipanas. Terra morna, que também tem chuva, de rostos sorridentes e corações quentes. Me senti acolhida instantaneamente.
Aracaju nos acolheu, colocou no colo e apaixonamos.
Em meio aos caminhos que o vento traz e leva, nasceu o espaço Bem Gestar, grupo de discussão, troca e apoio a Humanização do Nascimento.
O crescimento foi rápido e os frutos mais que maduros e doces surgiram: partos humanizados, bebês Bem Gestados e Bem Nascidos, e mães Bem Gestantes, Bem Paridas!
Bebês que ainda estão na barriga e muitos outros por vir!
Vamos logo a principal notícia da mensagem! Notícia de que, a família de andorinhas migratórias, assim como aquelas que sobrevoam meus ombros, se despede de Aracaju.
Levantaremos vôo para novas terras. Talvez não tão quentes de clima, mas temos certeza que tão quentes de coração quanto esta aqui!
Não sei se todos conhecem nossa história, somos uma família que de tempos em tempos muda de residência, por questões de trabalho, dessas escolhas que fazemos na vida!
Somos originalmente de São Paulo.
Nossa primeira filha, Luana, nasceu em casa, no frio congelante, no auge do inverno Julino do Rio Grande do Sul, há quase 4 anos.
E Nina, nasceu também em casa, no calor das terras cearenses há quase 2 anos.
E neste contexto todo de mudança, aceito e assumo esta missão de ser pássaro que leva e traz sementes.
Abraço com prazer a oportunidade de poder mergulhar nas experiências do movimento da humanização em cada novo destino. E assim levo na mala somas de histórias e barrigas, e deixo um pouquinho de todos estes lugares em cada porto que desembarco. A falta de estabilidade poderia ser uma real limitação, mas vejo que se tornou hoje meu maior presente, aquilo que me diferencia, o presente de trazer e levar!
Conquistei aqui amizades especiais. Pessoas e bebês que me lembrarei para sempre.
No entanto, não há motivo para se preocupar com o grupo daqui de Aracaju, pois o Bem Gestar continuará, com pessoas igualmente sintonizadas e comprometidas com a causa.
Assim vou me despedindo " geograficamente", mas certa de que estaremos sempre juntas via web e conectadas pelos laços invisíveis que nos unem pela causa das mulheres, do feminino, do respeito ao nascimento.
Um grandíssimo abraço,
Fabiana Higa
....para que um dia a humanização não seja uma opção, que ela simplesmente SEJA....

terça-feira, 13 de março de 2012

Fotos do Encontro

No último encontro tivemos uma participação especial de Paula Barreto, especialista em Yoga para gestantes. Sua linha de trabalho está em sintonia com os valores do Bem Gestar. A ação, movimento, consciência e leveza nesta fase do Gestar!
Na visão dela, a mulher colocando seu corpo em atividade durante a gestação se prepara para um trabalho de parto e parto ativos também.
Aprendemos inclusive a sentar e levantar rebolando!
Após esta breve e gostosa " palhinha" falamos sobre o tema: Tipos de Parto. O que é Parto Normal, Natural, Humanizado, Cesárea, Fórceps, Leboyer, Lótus....enfim....muitos.
Finalizamos com um vídeo emocionante e inspirador!
Em breve teremos mais um encontro!
Até lá!

quarta-feira, 7 de março de 2012

A importância do contato pele a pele


Nesta Semana em Comemoração as Mulheres, minha reflexão está na importância do contato pele a pele mamãe e bebê nos primeiros instantes de vida do recém-nascido.

O que isto representa em termos de direito da mulher? Direito pela sua saúde e saúde de seu filho.
Sim, nós queremos o que há de melhor para nossos preciosos tesouros, queremos aquilo que é de Direito Humano. Não é capricho ou frescura. É sério e é possível!!!!



Este vídeo foi criado pelo Ministério da Saúde com apoio da Fundação Oswaldo Cruz, a respeito da Iniciativa Hospital Amigo da Criança- idealizada pela OMS ( Organização Mundial da Saúde ) e UNICEF.

Algo muito sério e relevante a respeito da importância do contato pele a pele no momento do nascimento para o bom estabelecimento da amamentação.
Órgãos mundiais da saúde se preocupam com este tema tão natural e as vezes tão boicotados nas instituições privadas e algumas instituições públicas pela simples razão: a redução dos óbitos infantis.
É simples, é só respeitar a mãe e o bebê, deixando que estes fiquem JUNTOS nos primeiros instantes após o nascimento.


http://ms.midias.brasil.bvs.br/mediadetails.php?key=70b5019a8da7f4b76eed




Lembrete! 10 Março!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Encontro Especial

Fotos da Oficina de Shantala com Ana Paula


Contato com o corpo, a respiração, as sensações.
Nas palavras de Ana: como oferecer um contato genuíno se não estivermos conectadas com nosso próprio corpo e sensações?
Ana propôs tocarmos nossas próprias mãos e assim nos abrir para as percepções...
Como foi? O que sentimos?
Shantala vai além de técnica de massagem para bebês.



Mais do que uma técnica de massagem, é um momento de amor intuitivo





Toques firmes que transmitem segurança


Shantala para todas as idades!



Movimento no peito, estimulando glândula timo e sistema imunológico





O intestino é o segundo cérebro.



O bebê respira com o corpo todo



Mamães, futuras mamães, tentante, bebês na barriga e irmãs mais velhas!



Gratidão!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aconteceu, virou história! Fotos do Ultimo Encontro



Um espaço agradável e acolhedor...

Momentos de tranquilidade

Momentos de emoção na vivência inicial com as futuras mamães!
















Momentos de reflexão
Momentos de troca





























Momentos de falar com alegria

Outros de questionar

















Momentos de reencontro


Momentos de ideal de vida

















Momentos de confirmar
e de aprofundar



















Momentos de compartilhar, de sorrir, de se deslumbrar










Dani compartilhando sua história!












Momentos de vontade de parir ( de novo?!)

Momentos de prazer!!


Momentos de Reviver

Momentos Bem Gestados

Momentos Bem Gestantes














Foram tantas as sensações

Percorrendo nossas mentes, corações, ventres!


Grata a todas as participantes!


Até o próximo encontro!