terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aconteceu, virou história! Encontro espaço Bem Gestar- 01 de Outubro, não percam!!

Pessoal, é neste sábado!
Falaremos sobre PLANO de PARTO!
Assim como nos preparamos para os eventos importantes da nossa vida como: faculdade, casamento, aniversário.....podemos também ter um planejamento, estratégias para o momento de nascimento dos nossos filhos!
Assunto importantíssimo!!
Até lá!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Recomendações OMS


OMS- Organização Mundial da Saúde

Estas recomendações da OMS para o Parto Normal estão publicadas em vários sites e blogs na internet.
Como foram os tópicos iniciais da nossa conversa, posto aqui  caso precisem de uma consulta rápida, ou para relembrar ou para pesquisar no momento de fazer o Plano de Parto...

A) Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas
  1. Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/ companheiro e, se aplicável, a sua família.
  2. Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto e parto. 
  3. Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto, assim como ao término do processo do nascimento. 
  4. Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto. 
  5. Respeitar a escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações. 
  6. Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante. 
  7. Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto. 
  8. Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto. 
  9. Respeitar a escolha da mulher quanto ao acompanhante durante o trabalho de parto e parto. 
  10. Oferecer às mulheres todas as informações e explicações  que desejarem. 
  11. Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento. 
  12. Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente. 
  13. Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto. 
  14. Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação da placenta. 
  15.  Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto. 
  16. Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto e parto. 
  17. Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto, por exemplo pelo uso do partograma da OMS. 
  18. Utilizar ocitocina profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia pós-parto, ou que correm perigo em consequência de uma pequena perda de sangue. 
  19. Esterilizar adequadamente o corte do cordão. 
  20. Prevenir hipotermia do bebê. 
  21. Realizar precocemente contato pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto, conforme diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno. 
  22. Examinar rotineiramente a placenta e as membranas.
 

B) Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas
  1. Uso rotineiro de enema. 
  2. Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos. 
  3. Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto. 
  4. Inserção profilática rotineira de cânula intravenosa. 
  5. Uso rotineiro da posição supina durante o trabalho de parto. 
  6. Exame retal. 
  7. Uso de pelvimetria radiográfica. 
  8. Administração de ocitócicos a qualquer hora antes do parto de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado. 
  9. Uso rotineiro da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto e parto. 
  10. Esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o período expulsivo. 
  11. Massagens ou distensão do períneo durante o parto. 
  12. Uso de tabletes orais de ergometrina na dequitação para prevenir ou controlar hemorragias. 
  13. Uso rotineiro de ergometrina parenteral na dequitação. 
  14. Lavagem rotineira do útero depois do parto. 
  15. Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto.
C) Condutas freqüentemente utilizadas de forma inapropriadas 
  1. Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa.
  2. Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto. 
  3. Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto. 
  4. Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto. 
  5. Manipulação ativa do feto no momento de nascimento. 
  6. Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação. 
  7. Clampeamento precoce do cordão umbilical. 
  8. Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação.
 
D)  Condutas freqüentemente utilizadas de modo inadequado 
 
  1. Restrição de comida e líquidos durante o trabalho de parto. 
  2. Controle da dor por agentes sistêmicos. 
  3. Controle da dor através de analgesia peridural. 
  4. Monitoramento eletrônico fetal . 
  5. Utilização de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao parto. 
  6. Exames vaginais freqüentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços. 
  7. Correção da dinâmica com a utilização de ocitocina. 
  8. Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto. 
  9. Cateterização da bexiga. 
  10. Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário. 
  11. Adesão rígida a uma duração estipulada do segundo estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições maternas e do feto forem boas e se houver progresso do trabalho de parto. 
  12. Parto operatório (cesariana). 
  13. Uso liberal ou rotineiro de episiotomia. 
  14. Exploração manual do útero depois do parto.

Essa tabela de recomendações é a "parte 5" do 
Manual de Parto Humanizado do Projeto Luz - JICA 

Texto sobre Cesárea


Cláudia Rodrigues é jornalista, terapeuta, mãe. Uma mulher ímpar, com sensibilidade na alma para nos falar a respeito de gravidez, parto, amamentação, simbioses, educação, filhos, familias e feminismos; tudo isso, de uma maneira consciente, humana e ativa.

Postarei alguns textos dela e também colocarei um link para seu blog:
buenaleche-buenaleche.blogspot.com



As mulheres têm direito a pedir cesariana?

Cláudia Rodrigues
Embora a mídia convencional não entre nessa questão, até porque no Brasil é um costume fazer acordos com médicos para eleger uma data de nascimento; nas redes de relacionamento é um assunto quente, que envolve argumentos contundentes. De um lado estão as jovens militantes pela humanização do parto e do nascimento, de outro uma geração que acompanhou de perto os movimentos feministas e o direito da mulher de ser dona do próprio corpo. No meio uma massa de mulheres que segue a tendência cultural dos últimos anos: entregar a responsabilidade sobre o nascimento dos filhos aos médicos, linhas de montagens hospitalares e interesses do mercado.
O nó entre os argumentos acaba esbarrando na questão da legalização do aborto, um dos direitos conquistados pelas feministas em muitos países desde a década de 1960. Elas acusam as jovens militantes atuais de estarem dando ré em direitos que sequer ainda foram conquistados no Brasil. Usam como fio condutor o papel machista da diferenciação entre gêneros pela medicina, que é fato histórico, abominando os argumentos recentes de uma aceitação, sobre novas premissas, da diferenciação entre os corpos masculinos e femininos como fundamental para rever perdas também históricas.
O movimento pelo direito de parir, amamentar e ter mais qualidade e tempo para cuidar dos filhos, está balizado na retomada de um corpo feminino que foi violado pelos excessos tecnicistas e pelo mesmo machismo, que se um dia condenou as mulheres à falta de direitos iguais, hoje impossibilita ou dificulta a vivência plena da maternidade como algo prazeroso ligado diretamente à saúde do corpo feminino, diferente do masculino e com necessidades outras.
O que essas novas militantes feministas debatem em grupos de apoio e ONGs é o direito de escolha a partir do conhecimento sobre o tema da maternidade, afinal durante as décadas de 1970, 1980 e 1990, as questões sobre maternidade foram consideradas menores, desimportantes no contexto do mercado de trabalho. Elas acreditam que as escolhas, tanto pela maternidade consciente baseada em evidências, quanto pela não-maternidade consciente, o direito da mulher de não querer ter filhos, migrariam para outro paradigma, inclusive mais auto-sustentável, a partir de conhecimento científico. Mais do que isso, elas buscam autoconhecimento, a redescoberta do corpo feminino como plenamente capaz de dar conta de suas funções biológicas, derrotando a construção de um corpo frágil, incapaz e encontrando uma liberdade mental pela não-necessidade da maternidade como fonte de felicidade moral para todas as mulheres.
Curiosamente, nos países em que a legalização do aborto é um fato consolidado, a cesariana a pedido da mulher, sem indicação clínica absoluta, não é uma realidade, já que a cesariana é considerada uma cirurgia de emergência para casos muito específicos que ocorrem em no máximo 15% de gestantes, segundo a Organização Mundial de Saúde.
No Brasil, país que vem desde a década de 1970 alternado com o Chile as posições de campeão e vice-campeão em altos índices de cesariana, a batalha atual das militantes pela humanização do parto e do nascimento e a discussão entre as duas correntes feministas choca-se com a postura médica brasileira tradicional e a desinformação das que seguem a conduta vigente sem qualquer questionamento sobre as interferências médicas desnecessárias, mesmo quando desejam o parto.
Enquanto na Europa as mulheres que pedem cesariana sem indicação clínica são esclarecidas pela assistência sobre os benefícios do parto natural, tanto para a mãe quanto para o bebê e eventualmente são encaminhadas para tratamento psicoterápico a fim de resolverem seus temores em relação ao parto, no Brasil o pedido costuma ser recebido com naturalidade pelos médicos. Ainda pesa sobre as brasileiras a apologia à cesariana, promovida pela assistência médica brasileira, extremamente centrada no serviço de médicos obstetras. A figura da parteira e da enfermeira obstetra, assim como o ofício de doulas, está dando os primeiros passos no Brasil e tem enfrentado o corporativismo médico. Em maio último o único curso de formação de parteiras do país, oferecido pela USP, esteve para ser fechado. Foi a militância em prol do parto ativo que conseguiu reverter o quadro.
A formação de mais cursos de obstetrícia ou de um apoio maior ao parto fisiológico assistido por enfermeiras-obstetras, respeitando o ritual familiar, seja em domicílio, casa de parto ou maternidades, é apontada como uma saída digna pelas mulheres que estão aí para resgatar não um passado machista, dominado pelo mercado, mas uma sabedoria ancestral que foi perdida pelas invasões culturais e tecnocráticas. Naturalmente que o resgate de uma sabedoria ancestral, hoje vem com agregações modernas, com muito mais segurança e com uma preocupação muito focada no bem-estar da mãe e do bebê.
A cesariana apresenta maiores riscos a cada gestação para a mulher, assim que uma mulher que tiver tido uma primeira cesariana, estará correndo menos riscos se no segundo filho tentar o parto natural não medicalizado.
Quando eletiva, marcada antes de qualquer sinal iminente de parto, ela está associada a riscos de nascimentos prematuros e problemas cardiorrespiratórios nos bebês.
Diante das evidências de que a cesariana eletiva acarreta problemas para o bebê que a mulher escolheu ter, fica difícil digerir o argumento de que escolher uma cesariana eletiva, potencialmente um parto prematuro com todas as suas eventuais implicações, seria um direito sobre o próprio corpo. Naturalmente não dá para comparar o direito de escolher não engravidar, de não gestar e não ter filhos com o direito de submeter o filho que se escolheu ter a um começo tão duvidoso para sua saúde.
O feminismo sempre foi um movimento de pensadoras, é por isso que se pode afirmar com veemência que a militância pela humanização do parto e do nascimento é um movimento feminista que chega fazendo releituras do próprio feminismo.
Cláudia Rodrigues é jornalista, terapeuta reichiana, autora de Bebês de Mamães mais que Perfeitas, 2008 (Centauro Editora). Blog: http://buenaleche-buenaleche.blogspot.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Virou História! Gratidão e honra no nascimento do espaço Bem Gestar

Olá a todas! Nosso primeiro encontro foi marcado por grande alegria e honra.
Nos sentimos imensamente gratas ao espaço e as pessoas que nos acolheram de forma tão receptiva e amorosa.
Foi no Jardim de Infância Augusto Maynard, em meio ao Projeto que lá acontece aos sábados chamado Curtindo o Coração ( ação voluntária destinada a educação das crianças em valores humanos).
Em meio a esta energia de amor, disposição, doação e carinho, encontramos nossa sala praticamente pronta.
O pequeno grande Natã, de 11 anos foi quem ajudou a " focar" o data show. E Michael, da escola, se prontificou a ajudar com extensões imediatamente. Estou contando nestes detalhes, pois tudo fluiu de maneira muito natural e " conduzida"!
As "tias" do Curtindo o Coração estavam com todo seu apoio e amorosidade conectadas e também felizes com o nosso início.
A energia em volta era de imenso respeito.

Já dentro da sala, a discussão fluiu entre dados técnicos sobre as recomendações da OMS para o Parto Normal e relato de experiências das participantes.

Rachel, gestante no nono mês de Lorena, nos contou sobre sua experiência dos dois partos anteriores, um normal hospitalar e outro domiciliar.
Silvinha também deu seu relato sobre o nascimento de Inca.
Ambas doulas e ativistas do parto humanizado na cidade, nos deram também retratos da realidade do atendimento nas maternidades da cidade.

 A conversa fluiu de acordo com as dúvidas, as perguntas sendo esclarecidas. Falamos das nossas ansiedades, preocupações, também rimos, desfrutamos e por fim, nos emocionamos com o lindo vídeo do parto de Naolí. Uma linda história de nascimento natural, tranquilo, com o respeito sagrado como todo nascimento humano deve ser.

Todo início gera expectativas, como num trabalho de parto e nascimento. Assim nosso grupo nasceu: de forma tranquila, natural, acolhedora, num dia úmido e fresco, às vésperas da primavera. Não podíamos estar em hora e local melhores. Esperamos de coração que este grupo traga bons frutos, e que mães e bebês possam cada vez mais desfrutar de um nascimento digno, de respeito e amor. No seu tempo, na sua hora.


Aguardamos nosso próximo encontro que será no dia 01 de Outubro! As 9 hs da manhã.


Até lá!

domingo, 11 de setembro de 2011

Aconteceu e Virou História! Encontros de gestantes aos sábados

ATENÇÃO!!! Convite as gestantes de Aracaju!



O objetivo do grupo é reunir gestantes ou casais grávidos que desejam se informar a respeito de temas relacionados aos cuidados na gestação, preparação para o parto, parto e amamentação.
É um espaço para esclarecer dúvidas, trocar experiências e formar uma rede de apoio emocional.
Além das gestantes e seus acompanhantes, os encontros direcionam-se também a profissionais da área da saúde como médicos, enfermeiras, doulas, fisioterapeutas, etc.
As reuniões são gratuitas e acontecem no primeiro e terceiro sábado de cada mês, com início as 9hs da manhã


O Parto Humanizado

O termo “parto humanizado”, que vemos cada vez mais recorrentes nas mídias, traz questionamentos sobre o  cenário de nascimento atual, como o percebemos e vivenciamos no dia-a-dia, nos núcleos familiares e sociedade.

Observamos  a busca das mulheres por conhecimento e informações a respeito da gestação e parto, de forma a estarem com papel ativo neste momento.
Os canais com informações se extendem desde livros, artigos e vasto conteúdo na internet.

Humanização do parto começa nesta direção. A direção de buscar, se informar. O desejo de saber o que e o porquê de cada acontecimento que envolve a gestação e nascimento do bebê.




Humanizar enfim, é trazer para as mãos e coração das mulheres, o direito de protagonizar seus partos. O direito de escolher. Decidir sua posição, mobilidade, iluminação do ambiente, possibilidade de parto n’água, escolher  quem  a acompanhará, quais procedimentos que serão realizados. É ter o direito de ser bem atendida e amamentar na primeira hora de vida do bebê.



HUMANIZAR é também proporcionar  a mulher,  a liberdade de expressasr sobre seus sentimentos.  A chance de ela enfrentar seus medos e ansiedades, com amparo e cuidados próximos. E não simplesmente mascarar um medo. 
É  uma grande oportunidade de  crescer como mulher, neste evento que é o ápice de sua feminilidade.  O Parto pode ser um evento prazeroso, sensual, natural do corpo, fisiológico, encantador....afinal de contas...estamos falando da magia do nosso corpo gerando uma vida, o milagre de dar a um novo bebe nossa luz e nosso amor de mãe/pai.